Internacional

Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina, é acusado de peculato

Argentino teria contratado uma corretora e empresas privadas para intermediar a gestão de seguros em dependências oficiais durante seu governo

Esteban Collazo/Presidência Argentina/AFPPresidente da Argentina, Alberto Fernandez, olhando antes de se dirigir à nação da Residência Presidencial de Olivos, em Olivos, Buenos Aires
Alberto Fernández, ex-presidente da Argentina

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández foi acusado, nesta quinta-feira, 29, por suspeita de desvio de fundos, pela contratação irregular de seguros para funcionários públicos, informaram o juiz do caso e a imprensa local. Fernández é acusado de ter contratado “uma corretora e empresas privadas” para intermediar a gestão de seguros em dependências oficiais durante seu governo, informou a agência oficial Telam. A denúncia pede que sejam investigadas as supostas irregularidades relativas ao decreto assinado por Fernández em dezembro de 2021 pelo qual ordenou que todos os órgãos públicos contratassem seguros com a Nación Seguros, do estatal Banco Nación, no qual amigos do antigo mandatário teriam se beneficiado como intermediários, cobrando milhões em comissões.

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O procurador federal Ramiro González acusou o ex-presidente Fernández e o ex-chefe da Nación Seguros Alberto Pagliano, após denúncia criminal da advogada Silvina Martínez, que os acusou dos crimes de violação dos deveres de funcionário público e abuso de autoridade e peculato. Apesar de não necessitarem de gestores para contratar esses seguros, os órgãos públicos utilizaram como intermediário seu amigo, Héctor Martínez Sosa, marido de sua secretária, María Cantero, e que também aparece como credor do ex-presidente em suas declarações juramentadas.

O escândalo, que envolve uma fraude só nessa organização de 20 bilhões de pesos, foi descoberto pelo ex-chefe da Administração Nacional da Segurança Social (Anses) Osvaldo Giordano – que foi nomeado pelo presidente Javier Milei e depois demitido por razões políticas – e publicado no fim de semana no jornal “Clarín”. Em uma entrevista publicada hoje no jornal “La Nación”, Fernández – ao regressar da Espanha onde viveu alguns meses com a família após deixar o cargo em 10 de dezembro – tentou se distanciar da denúncia ao indicar: “Não pedir nada por ninguém, e se minha secretária fez isso, ela ultrapassou os limites”.

Embora Fernández tenha procurado distanciar-se do escândalo, Martínez Sosa e outras pessoas ligadas ao setor de seguros aparecem como visitantes em 2020 – inclusive em maio do mesmo ano, durante a pandemia de covid-19 – nos registros oficiais de visitas à residência presidencial na cidade de Olivos. O procurador solicitou “todos os acordos ou contratos” feitos aos diferentes departamentos do Estado Nacional que celebraram contratos de seguros nos termos do decreto, através de intermediários e que a Superintendência Nacional de Seguros revelasse qual era a percentagem de mercado para esse tipo de operações.

*Com informações da EFE e AFP

 

 

 

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