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Trio é preso por matar vítima de falsa denúncia de estupro em BH

concurso polícia civil
Marido impedia a mulher de usar o celular e sair com amigos (Amanda Dias/BHAZ)

A Polícia Civil (PC) prendeu quatro pessoas, com idades entre 21 e 25 anos, na última sexta-feira (19) na região do Barreiro em Belo Horizonte. Desses, três são suspeitos de matarem um homem após receberem uma falsa denúncia de que a vítima, de 49 anos, tinha cometido um estupro em BH. Além disso, o órgão deteve dois dos criminosos em flagrante por tráfico de drogas.

Os agentes também prenderam, enquanto executavam a operação Pusilânime, um dos homens que tinha um mandado de prisão em aberto.

As investigações começaram quando encontraram o corpo do homem em uma área de mata, com sinais de espancamento. A PC apurou que o crime teria acontecido após um suposto abuso sexual contra criança e que o assassinato ocorreu por ordem do pai dela, que também seria traficante na região.

O delegado responsável pelo caso, Matheus Marques, disse que depois a mãe levou a menina para o hospital para fazer exames. E que não constataram abuso sexual.

“Só que ela [mãe], naquele calor da emoção, começou a falar que haviam abusado da criança, atribuindo culpa a um homem grisalho. Tal indivíduo era justamente o irmão da babá. Segundo ela (babá) não houve nenhum contato, ele não chegou a estar presente no mesmo local da criança”, narra.

A polícia ainda procura outras duas pessoas. Todos os envolvidos no homicídio já têm várias passagens pela polícia.

“Eles formam, na verdade, uma organização criminosa, responsável pelo tráfico de drogas local, e como a gente sabe, exercem um poder paralelo, que foi justamente a motivação do crime objeto do cumprimento dos mandados”, concluiu.

Alerta sobre as denúncias

A chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a delegada Alessandra Wilke, alerta sobre a gravidade de se divulgar de forma precoce crimes como esse.

“Temos que ter muito cuidado em afirmar, sem ter comprovação, de que houve ou não um abuso sexual, um estupro. Por isso que a gente só pode falar quando há comprovação”, comenta.

De acordo com a delegada, esse já é o segundo caso de homicídio que acontece por causa de denúncias precoces que tem relação com crime sexual.

“O outro foi de um senhor que foi espancado e queimado, no Alto Vera Cruz. Na ocasião uma mulher alegou que esse senhor teria cometido abuso e, depois, se apurou que não houve abuso nenhum”, afirma.

“Então é muito sério a gente falar, ainda sem comprovação, desse tipo de situação. São dois homicídios recentes, fora outros casos, que a pessoa é acusada de um estupro, de um abuso, e depois descobre que não teve nenhuma relação e foi vítima de homicídio”, completa.

Edição: Lucas Negrisoli
João Lages[email protected]

Repórter no BHAZ. Jornalista com 4 anos de experiência em veículos de comunicação. Fez cobertura de casos que têm relevância nacional e internacional. Com passagem pela RecordTV Minas, também foi produtor e editor de textos na Record News. Graduado pelo Centro Universitário Estácio de Sá.

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