O montante liberado para Minas Gerais, em 2023, foi 8% superior ao valor do crédito do ano anterior
De janeiro a dezembro de 2023, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 9,157 bilhões em crédito para Minas Gerais. Esse montante foi 8% superior ao valor liberado no ano anterior, da ordem de R$ 8,481 bilhões.
A maior parte do crédito destinado ao Estado foi para o setor de infraestrutura, no valor de R$ 3,027 bilhões. O valor desembolsado é 17,1% inferior ao registrado no ano anterior, quando somou R$ 3,650 bilhões.
Em seguida, está a agropecuária, que contou com crédito de R$ 2,469 bilhões. O resultado representa uma alta de 72,5%, no montante de crédito ante os R$ 1,431 bilhão registrado em 2022 para Minas Gerais.
Os desembolsos para os setores de comércio e serviços aumentaram 7,7% no ano passado passando de R$ 1,982 bilhão em 2022 para R$ 2,135 bilhões no ano passado.
Já a indústria em Minas Gerais obteve R$ 1,527 bilhão em recursos do BNDES em 2023. O resultado representa um incremento de 7,7% na comparação com o ano anterior, quando totalizou R$ 1,418 bilhão.
Grandes empresas receberam maior parte do crédito do BNDES em Minas Gerais
Os principais clientes tomadores de crédito do BNDES foram os de grande porte, respondendo por um total de R$ 3,752 bilhões, que representam 39% do montante destinado à Minas Gerais. Seguidos pelos médios, R$ 3,510 bilhões (participação de 38,3%), e pelos pequenos, com R$ 1,621 bilhão (17,7%).
A maior fatia das aprovações de crédito do BNDES foi feita de forma indireta, representando um valor de R$ 6,858 bilhões, enquanto o restante dos desembolsos foi de forma direta.
O principal financiamento, equivalente a 54,8%, foi feito através do Finame, por intermédio de instituições financeiras credenciadas, para produção e aquisição de máquinas, equipamentos e bens de informática e automação e bens industrializados a serem empregados no exercício da atividade econômica, com montante liberado de R$ 5,019 bilhões.
Logo em seguida, através do BNDES automático, foram desembolsados R$ 1,721 bilhão, para investimentos na implantação, ampliação, recuperação e modernização de instalações e/ou atividades nos setores de indústria, infraestrutura, comércio, prestação de serviços, agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Outros R$ 1,668 bilhão pelo BNDES Finem, com participação de 18,2% no total.
Desembolsos avançaram no Brasil
No País, o montante liberado foi de R$ 218,5 bilhões no ano passado. O valor representa uma alta de 17,3% na comparação com 2022, quando somou R$ 180,6 bilhões.
Desse total, R$ 44 bilhões resultam de garantias do Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), mais que o dobro do que em 2022 (R$ 20 bilhões). As aprovações aumentaram em todos os setores, com destaque para infraestrutura, com R$ 78,5 bilhões (crescimento de 23%), agropecuária, com R$ 42,5 bilhões (alta de 53%), e indústria, com R$ 31,7 bilhões (alta de 41%).
Em 2023, foram R$ 5,3 bilhões em aprovações para inovação, R$ 13,5 bilhões para exportações, R$ 25,3 bilhões a estados e municípios e R$ 30,4 bilhões para agropecuária no âmbito do Plano Safra. Soma-se a isso a retomada do Fundo Amazônia, com R$ 1,3 bilhão em aprovações e chamadas públicas em 2023, e a reformulação do Fundo Clima.
No ano, o BNDES também reforçou o apoio ao cooperativismo, com aumento de 63% no repasse em relação a 2022, totalizando R$ 23,8 bilhões. Os desembolsos do banco de fomento, considerando operações de crédito diretas e indiretas, totalizaram R$ 114,4 bilhões em 2023 (1,1% do PIB), crescimento de 17% frente a 2022. Do total de desembolsos, mais de 80% foram a taxas de mercado. A parte realizada com taxas incentivadas concentra-se, em boa medida, no apoio ao Plano Safra, em que o BNDES é um dos executores da política pública do governo federal.
