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Confiança da indústria cai em dezembro, segundo Fiemg

Icei chegou a 51,3 pontos em dezembro, baixa de 0,7 ponto frente a novembro

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No País, segundo Confederação Nacional da Indústria, 19 de 29 setores terminam 2023 confiantes e 10 registram falta de confiança | Crédito: Divulgação/Portal da Indústria

Apesar da melhora dos indicadores econômicos, como inflação sob controle e redução do desemprego, da taxa básica de juros (Selic) e do risco fiscal, a confiança da indústria não decolou em 2023, ficando próximo dos 50 pontos durante boa parte do ano, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Em dezembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) chegou a 51,3 pontos, o que representou queda de 0,7 ponto em relação a novembro (52 pontos).

“O otimismo foi menos intenso e disseminado em dezembro, tendo em vista as incertezas com relação à continuidade da melhora das variáveis macroeconômicas”, observa a economista da entidade, Daniela Muniz.

Ela explica que o cálculo do Icei resulta da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam percepção de situação atual mais favorável em relação aos seis meses anteriores e expectativa positiva para os próximos seis meses, respectivamente.

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A economista observa que, apesar da Selic estar mais baixa este ano, o reflexo na economia leva tempo para ser sentido. Neste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, fez um novo corte de 0,50 ponto percentual na taxa, que passou a 11,75% ao ano. “Além do mais, apesar das reduções, os juros ainda continuam elevados”, frisa.

Ela acrescenta que, embora a performance de diversas variáveis macroeconômicas esteja melhor que o esperado, ainda há desafios, em especial, para os setores cuja demanda depende financiamento. Além disso, a economista observa que há pontos de atenção que devem ser considerados, como o ambiente internacional. Ela lembra que a economia chinesa está desacelerando e isso tem reflexos para a indústria, com destaque para a extrativa mineral.

2022

De acordo com a Fiemg, frente ao mês de dezembro de 2022, o indicador avançou 1,6 ponto. Naquele mês, o Icei-MG registrou 49,7 pontos. Daniela Muniz observa que o dado do último mês do exercício passado tem influência do período pós-eleição, marcado pelas incertezas de um novo governo. Antes das eleições, o índice chegou a 62,9 pontos, resultado verificado em setembro de 2022.

A especialista ressalta que, mesmo com a retração verificada no último mês de 2023, os industriais mineiros mantiveram sua confiança pelo 11º mês consecutivo, tendo em vista que o índice de confiança da indústria calculado pela Fiemg permaneceu acima dos 50 pontos – limite entre falta de confiança e confiança.

No País, o Icei nacional cresceu 0,6 ponto na comparação com novembro (50,4 pontos) e atingiu 51 pontos em dezembro, sinalizando que os empresários brasileiros seguem confiantes.

Em 2023, o ano começou com o indicador de Minas em 50 pontos, sendo julho o mês com o resultado mais alto: 53,4 pontos.

Perspectiva para os próximos seis meses segue positiva de acordo com levantamento da Fiemg

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG), calculado pela Fiemg, é formado por dois componentes: condições atuais e expectativas. O primeiro aumentou 0,8 ponto em dezembro frente a novembro (46,1 pontos), registrando 46,9 pontos no último mês de 2023.

Apesar da elevação, o índice seguiu mostrando percepção de piora nas condições econômicas do País, do Estado e dos negócios pelo 13º mês consecutivo, de acordo com os empresários mineiros.

Na comparação com dezembro de 2022 (48,4 pontos), o indicador diminuiu 1,5 ponto, alcançando seu menor valor para o mês em sete anos.

Com relação ao componente de expectativas, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), verificou recuo de 1,4 ponto frente a novembro (54,9 pontos), atingindo 53,5 pontos em dezembro.

O índice permaneceu acima dos 50 pontos pelo 42º mês seguido, refletindo as perspectivas positivas dos empresários para os próximos seis meses. Esse otimismo, contudo, foi menos intenso que o verificado em novembro. Em relação a dezembro de 2022 (50,4 pontos), o indicador aumentou 3,1 pontos.

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