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Importações de aço da China continuam assombrar as siderúrgicas

Crescimento das compras externas em fevereiro ficou acima da média dos últimos meses, apontado uma aceleração

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Com importações de aço da China, Usiminas abafou um alto forno| Crédito Thyago Henrique / Diário do Comércio

As importações de aço, principalmente da China, continuam a impactar o setor siderúrgico no Brasil. No primeiro bimestre, as compras externas cresceram 15,7% na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Por outro lado, a produção das usinas cresceu no período, de acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Aço Brasil.

Entre janeiro e fevereiro as importações de aço somaram 813 mil toneladas, ante 702 mil toneladas no mesmo intervalo do ano passado. Em valor, as compras externas de produtos siderúrgicos movimentaram US$ 897 milhões, o que representa uma alta de 4%.

Somente no segundo mês deste ano, as compras externas avançaram 37,2% em relação a fevereiro do ano passado. Os desembarques atingiram 446 mil toneladas, de acordo com o instituto. O ingresso de produto siderúrgico estrangeiro no mês supera a média mensal de 2023, que foi de 419 mil toneladas


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A invasão do aço importado, sobretudo da China, vem jogando o setor siderúrgico brasileiro em uma crise. Desde o ano passado, empresas estão adotando medidas para reduzir o ritmo de produção e até mesmo postergando investimentos.

A Usiminas, por exemplo, decidiu, em dezembro último, paralisar o alto forno 1 da usina em Ipatinga, no Vale do Aço. O equipamento tem uma capacidade anual de 600 toneladas de ferro/gusa. Já a Aperam, por sua vez decidiu postergar investimentos que seriam realizados em Timóteo e a Arcelor prolongou uma parada técnica prevista em algumas de suas usinas no País.

O setor siderúrgico cobra do governo medidas para frear a entrada do aço chinês no Brasil. A proposta é aumentar a taxação sobre o produto importado.

Por outro lado, produção cresceu no início do ano

As usinas brasileiras produziram 5,506 milhões de toneladas de aço bruto no primeiro bimestre. O resultado representa um incremento de 6,4% sobre o mesmo período de 2023, quando atingiu 5,173 milhões de toneladas.

A produção de laminados cresceu 6% no acumulado dos dois primeiros meses deste ano em relação ao mesmo intervalo de 2023, passando de 3,582 milhões de toneladas para 3,796 milhões de toneladas.

Já no segmento de semiacabados para venda a produção alcançou 1,480 milhão de toneladas. O volume é 10% inferior ao registrado em 2023, quando totalizou 1,644 milhão de toneladas.

Vendas de aço cresceram no Brasil

As siderúrgicas instaladas no Brasil venderam 3,169 milhões de toneladas no mercado interno, o que representa um incremento de 4,3% na comparação com o primeiro bimestre do exercício passado.

O consumo aparente, por sua vez, que compreende tanto as vendas internas quanto as importações, cresceu 6,2%, somando 3,9 milhões de toneladas, de acordo com o Aço Brasil.

Executivos estão menos confiantes em meio às importações de aço da China

O Índice de Confiança da Indústria do Aço, no mês de março, fechou em 44,6 pontos, queda de 0,6 ponto em relação a fevereiro. O ICIA posicionado abaixo dos 50 pontos demonstra continuidade da falta de confiança dos CEOs da indústria do aço.

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