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Inadimplência em Belo Horizonte fica abaixo da média nacional

Número de mulheres endividadas é maior, mas homens acumulam os valores mais altos

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Valor médio da divida entre os consumidores de Belo Horizonte em setembro é de R$ 4.903,36 | Crédito: Adobe Stock

A inadimplência entre os consumidores residentes em Belo Horizonte apresentou um crescimento de 2,28% em setembro deste ano. De acordo com dados da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), o indicador ficou abaixo do apresentado no Brasil (5,78%) e na região Sudeste (5,74%).

Um dos fatores que contribuíram para que o índice de inadimplência da Capital fosse inferior ao observado no restante do País é a redução do número de dívidas por CPF, que fechou o mês em 10,1%. Desde o mês de julho, tem-se observado uma desaceleração na taxa, que apresentou um recuo de 48,46% na comparação com setembro de 2022.

O crescimento da renda e a queda da inflação e da taxa Selic também contribuíram para esse desempenho no indicador de inadimplência. O presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, explica que esses fatores têm possibilitado que os consumidores honrem seus compromissos financeiros. “Além disso, o programa Desenrola Brasil tem beneficiado os inadimplentes na renegociação de suas dívidas e retirando-os do cadastro de negativados”, destaca.

Gênero e idade

Na divisão por gênero, o destaque fica para as mulheres, que possuem um número maior de contratos em atraso. Porém o valor da dívida do público masculino em Belo Horizonte é superior ao do feminino, sendo R$ 5.240,71 contra R$ 4.795,96. “A maior taxa de desemprego e a diferença salarial continuam sendo os principais motivadores da inadimplência entre as mulheres”, explica Souza e Silva.

O levantamento também revelou que os idosos, com idades entre 65 anos a 95 anos, apresentam a maior concentração da inadimplência no município, em relação a setembro do ano passado, com uma média de crescimento de 11,85%.

Para o presidente da CDL/BH esse aumento entre os idosos está ligado ao fato desse público ser o responsável pelo pagamento das principais contas da casa, além dos gastos com saúde.

Valor das dívidas em Belo Horizonte

O estudo ainda apontou que o valor médio devido pelos belo-horizontinos é de R$ 4.903,36 em setembro. Porém, como cada CPF possui, em média, dois contratos com pagamentos em atraso, o montante devido pode chegar a R$ 9.806,72.

A economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, destaca que os juros encarecem o valor da dívida dos consumidores ao longo dos meses. “De agosto para setembro, por exemplo, houve um aumento de 2,16%. O valor médio dos contratos em atraso dos belo-horizontinos é 21,3% maior que a média salarial da população (R$ 4.048,00)”, explica.

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