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Indústria de alimentos enfrenta desafios em Minas Gerais

Apesar dos desafios, setor prevê crescimento em 2024

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Vendas reais devem crescer 2,5% no País, segundo associação que representa o segmento | Crédito: Maricota / Divulgação

Além de novos desafios que se tornaram o “novo normal” para o setor, como as mudanças climáticas, a indústria de alimentos em Minas Gerais se depara com outros fatores que desafiam sua produtividade, entre eles, a falta de mão de obra qualificada. Ainda assim, a expectativa para este ano é de crescimento da produção, como esclarece o membro da Câmara da Indústria de Alimentos da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Humberto Noronha.

Noronha, que também é diretor da Adicel Ingredientes, explica que a cadeia de produção da indústria do Estado tem a característica de um fornecimento constante. Por isso, o setor de alimentos sofre de forma imediata os impactos de qualquer variação na tributação no frete e no câmbio, além das já citadas alterações climáticas.

Ele destaca que a falta de mão de obra tem afetado fortemente o setor. “Este ponto (mão de obra) merece atenção, pois vem impactando consideravelmente a linha de produção das empresas, além de afetar o faturamento e implicar no aumento de custos”, explica.

O membro da Câmara da Indústria de Alimentos da Fiemg aponta que a demanda tem crescido no início de 2024 e frisa que as mudanças no comportamento do consumidor e suas escolhas impacta nos produtos que serão consumidos. Mesmo com uma recomposição da renda dos consumidores em Minas Gerais e no Brasil, há produtos que sofreram forte aumento nos preços. “Isso implica em um consumidor que, em determinados momentos, se torna mais cauteloso na compra e na quantidade levada para casa de determinados itens do varejo”, observa Noronha.

Indústria de alimentos busca aumentar exportação e produtividade em Minas

Ainda assim, o aumento da renda média dos consumidores e a resiliência do mercado de trabalho possibilitam que a indústria tenha uma expectativa de crescimento na produção deste ano. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), as vendas reais devem crescer 2,5% no País. Humberto Noronha destaca ainda que as exportações devem continuar positivas para o setor em Minas Gerais. “Além do aumento do volume, o setor está buscando expandir nos embarques de produtos alimentícios de maior valor agregado”, diz.

Diante do desafio com a mão de obra qualificada, a indústria tem buscado formas de aumentar sua produtividade, com investimentos em tecnologia e conhecimento, sobretudo em Minas Gerais, Estado considerado um dos celeiros do País. O membro da câmara da Fiemg destaca que uma redução da taxa básica de juros, uma carga tributária menor para a produção de alimentos e políticas de atualização do parque industrial são essenciais para que o setor intensifique os investimentos e o processo de modernização.

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