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Justiça inclui Maxmilhas no processo de recuperação judicial da 123 Milhas

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De acordo com a decisão, todas as ações contra a empresa devem ser suspendidas por 180 dias (Divulgação/Maxmilhas)

A Justiça de Minas Gerais determinou, nesta segunda-feira (2), a inclusão da Maxmilhas no processo de recuperação judicial da 123 Milhas. As duas empresas fazem parte do mesmo grupo.

De acordo com a decisão da juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, todas as ações e execuções contra a Maxmilhas e a Lance Hotéis, plataforma da companhia, devem ser suspendidas por 180 dias.

A empresa alega que a crise de credibilidade da 123 Milhas causou uma queda abrupta nas vendas da Maxmilhas, de modo que o “faturamento caiu, em 30 dias, 70% na venda de passagens aéreas e 90% na venda de hospedagens”.

“As empresas também argumentaram que já foram citadas em 385 ações de cobrança ou de obrigação de fazer, além de já terem monitorado outros 959 processos distribuídos nos quais as Requerentes ainda não foram citadas”, informa a decisão.

A Maxmilhas diz ainda que já teve mais de R$ 34 mil bloqueados em razão de processos com liminares concedidas em seu desfavor.

“O perigo da demora é verificado nos desdobramentos dos bloqueios efetivados nas centenas de ações em curso, o que pode agravar a crise econômico-financeira da empresa, obstar o cumprimento de suas obrigações, colocando em risco a continuação de suas atividades” concluiu a magistrada.

Justiça suspende recuperação judicial da 123 Milhas

Em setembro, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) suspendeu provisoriamente a recuperação judicial da 123 Milhas, a pedido do Banco do Brasil, credor da agência.

A decisão foi tomada pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho, da 21ª Câmara Especializada do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Segundo o Banco do Brasil, a 123 Milhas não apresentou documentos exigidos pela legislação para viabilizar o processamento da recuperação judicial, bem como não apresentaram a lista de credores.

“Não foram observadas as prescrições legais aplicáveis, que asseguram aos credores, stakeholders, Ministério Público e demais interessados o conhecimento necessário e suficiente das informações gerenciais, econômicas e financeiras da empresa, indispensáveis ao adequado exercício dos direitos que lhes competem para defesa dos seus direitos e interesses no feito”, afirma a instituição financeira.

De acordo com o TJMG, a suspensão será mantida até a finalização de um procedimento denominado constatação prévia, que consiste na verificação, por meio de perícia, das reais condições de funcionamento e reerguimento da 123 Milhas.

Blindagem

Mesmo com a suspensão da recuperação judicial, o desembargador manteve de pé o período de blindagem de 180 dias, determinando que fiquem suspensas  todas as ações judiciais em tramitação contra a organização.

“Enquanto perdurar a realização da constatação prévia, tem-se que as empresas estarão expostas a verdadeira corrida dos milhares de credores para a satisfação individual de seus créditos, o que evidentemente impactará a possível recuperação judicial”, diz.

Isabella Guasti[email protected]

Redatora do BHAZ desde 2021. Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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5 Comentários

  1. Gente, sério mesmo, essa história da recuperação judicial da 123 Milhas tá uma bagunça! Justiça incluindo a Maxmilhas? Que confusão é essa?

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