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Mecânico pode ser responsabilizado por mortes em BMW

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Há suspeita de que os mineiros tenham morrido intoxicados por gás que vazou do escapamento (Reprodução/PCSC)

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga a morte de quatro mineiros em uma BMW em Balneário Camboriú, na última segunda-feira (1º). A principal suspeita é de que as vítimas foram intoxicadas por monóxido de carbono que teria vazado do escapamento do carro.

Vídeo divulgado pela corporação mostra uma suposta falha no cano de escape da BMW. Nas imagens, é possível identificar o rompimento da estrutura que deveria estar conectada.

A polícia apura se houve alguma alteração no escape do carro para intensificar o barulho do ronco motor. Segundo o advogado especialista em crimes de trânsito, Maurício Januzzi, caso a modificação seja comprovada, o mecânico responsável por ela poderá ser responsabilizado.

“Quando o mecânico altera pontos do veículo, a garantia do veículo e a fábrica deixam ter responsabilidade. A responsabilidade passa para que alterou o carro, no caso, o mecânico. Isso, logicamente, se comprovado que ele fez alguma mudança na peça”, disse.

Modificações no carro devem ser aprovadas pelo Detran

O especialista explica que, em tese, um veículo não pode ser modificado porque acaba perdendo a garantia de fábrica. De acordo com ele, “toda e qualquer alteração deve ser feita com profissional de respeito e conhecido e também devidamente registrada no Detran”.

Mudanças no motor, na pintura da carroceria, rebaixamentos e outras alterações significativas devem passar por vistoria do órgão competente. Somente após a liberação é permitido andar com o veículo nas ruas.

Já em relação aos escapamentos, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) estabelece limites em relação ao grau de emissão de poluentes e de ruído. Januzzi frisa, por fim, que cabe às autoridades policiais averiguar se realmente houve alguma modificação no veículo que pode ter ocasionado a morte das vítimas.

Gustavo Pereira Silveira Elias, de 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Nicolas Oliveira Kovaleski, de 16, e Tiago de Lima Ribeiro, de 21, dormiam no veículo na última segunda-feira (1º) quando houve um suposto vazamento de monóxido de carbono no interior.

“Somente a perícia do instituto de criminalística é que vai apontar se houve ou não alteração na peça que levou ao vazamento de gás que matou os jovens”, declarou. O BHAZ procurou a Polícia Civil para obter atualizações sobre a investigação e aguarda o retorno.

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