Economia

Micro e pequenas empresas geram 92% dos empregos em MG

Pequenos negócios criaram 11.582 empregos em setembro

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Belo Horizonte apresentou o melhor resultado em Minas, com um saldo de 2.742 postos de trabalho | Crédito: Adobe Stock

O saldo de emprego gerado pelas micro e pequenas empresas (MPEs) de Minas Gerais chegou a 11.582 postos de trabalho em setembro deste ano, o que representa 92% do saldo total para o Estado, conforme levantamento do Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número resulta da diferença entre 134.166 admissões e 122.584 desligamentos registrados no mês.

Na comparação de setembro com agosto do mesmo ano, o saldo teve uma queda de 1,68%. O recuo na comparação com setembro do ano passado foi de 43%. Minas Gerais ficou atrás de São Paulo e Rio de Janeiro no comparativo entre os Estados que mais empregaram nas MPEs em setembro deste ano.

O assistente da Unidade de Inteligência Empresarial (Uine) do Sebrae Minas, André Luís Costa, observa que o resultado de setembro teve impacto sazonal da agropecuária, que apresentou saldo negativo no mês. “Entre os pontos positivos, que estão ajudando nas contratações, está o cenário econômico favorável, com destaque para a influência das reduções da taxa básica de juros e da inflação”, observa.


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No último dia 1º, o Banco Central (BC) cortou os juros pela terceira vez seguida. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano.

Entre os pontos negativos que vem atrapalhando o desempenho das micro e pequenas empresas, em especial, do segmento do comércio, conforme o especialista, está a concorrência com os e-commerce estrangeiros.

Para Costa, a perspectiva no saldo da geração de vagas no Estado é de estabilidade ou mesmo melhora nos últimos meses do ano, em especial, em outubro e novembro frente ao ano passado.

Ainda segundo o levantamento do Sebrae Minas, as regiões Central e Sul de Minas apresentaram, respectivamente, o melhor e o pior resultados na geração de trabalho pelas MPEs no nono mês de 2023. Entre os municípios, Belo Horizonte apresentou o melhor resultado, com um saldo de 2.742 postos de trabalho, enquanto que em Ipatinga, no Vale do Aço, foi o município com o pior resultado, com um saldo negativo de 341 vagas.  

Segmento

Em setembro e pelo terceiro mês consecutivo, o setor de serviços apresentou o melhor saldo de empregos nas MPEs de Minas Gerais (7.661), seguido pelo comércio (3.564) e pela indústria da transformação (2.799). Já o setor da agropecuária teve o pior saldo de empregos em setembro, com redução de 4.431 vagas.

O saldo de abertura de pequenos negócios do setor de serviços em Minas Gerais neste ano ultrapassa 81,7 mil novos empreendimentos. A demanda por mão de obra em atividades relacionadas à alimentação fora do lar, além de serviços de apoio administrativo e transporte rodoviário de carga permanecem em alta.

A atividade de construção de edifícios foi a que mais empregou trabalhadores nas micro e pequenas empresas em setembro, com saldo de 867 vagas, seguido por restaurantes e similares (551 postos) e pela atividade de serviços combinados de escritório e apoio administrativo, com 538 empregos criados.

Admissões por perfil

De acordo com a pesquisa do Sebrae Minas, o perfil mais comum das admissões geradas pelas MPEs mineiras em setembro é de pessoas do sexo masculino, na faixa etária de 18 a 24 anos e com ensino médio completo.

O salário médio de admissão pago pelas micro e pequenas empresas em Minas Gerais no período foi de R$1.787,95, com R$9,28 a menos que o salário médio de desligamento. No caso dos trabalhadores desligados pelas MPEs mineiras em setembro de 2023, a maioria são homens entre 30 e 39 anos, com ensino médio completo.

Entre as ocupações com melhor saldo de empregos nas MPEs no Estado destacam-se servente de obras (1.230), faxineiro (a) (1.019) e atendente de lojas e mercados (773).

MPES tem segundo melhor resultado mensal do ano no País

Os pequenos negócios foram responsáveis por pouco mais de 147 mil postos de trabalho, cerca de 69,5% do total, em setembro no Brasil, segundo levantamento do Sebrae feito a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). É o segundo melhor resultado mensal do ano, ficando atrás do total de vagas registrado no mês de agosto.

Ao todo, o Brasil registrou 211,7 mil novas contratações, em setembro. No acumulado do ano, o País já contabiliza 1,5 milhão de novos empregos. Desse universo, as micro e pequenas empresas (MPEs) contribuíram com o saldo de 1,1 milhão de carteiras assinadas, o que representa 71% do total. Nesse período, as médias e grandes empresas (MGE) foram responsáveis por 307,9 mil empregos, ou seja, 19,2%.

O setor de serviços se mantém na liderança da criação de novos postos de trabalho em setembro de 2023 no País. Considerando o universo das MPEs, foram 68,4 mil vagas preenchidas. Em segundo lugar aparece o comércio com 37,3 mil vagas, seguido pela construção com 19,8 mil empregos gerados. Entre as MGE, os setores de serviços (26,5 mil), indústria da transformação (24,4 mil) e comércio (6 mil) se destacaram no nono mês do ano.

No acumulado do ano de 2023, o cenário continua o mesmo, com as MPEs liderando em termos de criação de vagas, com destaque nos setores de serviços (590,6 mil), construção (218 mil) e comércio (162 mil).

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