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Minas bate recorde na atração de investimentos privados em 2023

O Estado alcançou R$ 114,4 bilhões em investimentos e superou o antigo recorde alcançado em 2019

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Dentre os setores, o grande destaque foi o setor de Infraestrutura, com R$ 60,2 bilhões em investimentos atraídos | Crédito: Dnit / Divulgação

Minas Gerais alcançou a marca recorde de R$ 114,4 bilhões em novos investimentos privados atraídos em 2023. De acordo com o Governo de Minas, durante o último ano, foram assinados protocolos de investimentos de 189 projetos. Essas iniciativas devem gerar cerca de 55 mil empregos permanentes em todas as regiões do Estado.

O montante obtido com esses novos aportes formalizados em 2023 supera em aproximadamente R$ 10 bilhões o antigo recorde registrado em 2021, quando foram atraídos R$ 104,3 bilhões, equivalente a R$ 113,3 bilhões em valores atuais, corrigidos pela inflação. De acordo com o governo estadual, Minas já atraiu mais de R$ 387 bilhões em investimentos desde 2019, com a previsão de geração de 191 mil empregos em mais de 650 projetos.

Uma das empresas atraídas pelas vantagens de estar em Minas Gerais é a Docol, indústria catarinense especializada em inox, metais e louças sanitárias, que inaugurou uma fábrica no município de Poços de Caldas, no Sul do Estado. A companhia investiu cerca de R$ 221 milhões no empreendimento, que vai gerar em torno de 350 empregos permanentes nos próximos três anos.

De acordo com o presidente da Docol, Guilherme Bertani, a decisão de estabelecer a nova fábrica na cidade mineira ocorreu após a avaliação de diversos estados e municípios e se baseou em uma série de fatores estratégicos. “A cidade oferece uma infraestrutura robusta, mão de obra qualificada e maior proximidade aos fornecedores de matéria-prima, juntamente com o estado de São Paulo e outros grandes centros consumidores”, disse.

Dentre os diferentes setores presentes em Minas, o de Infraestrutura foi o que mais atraiu investimentos, com um montante de R$ 60,2 bilhões. Em seguida aparecem os de Energia Solar (R$ 20 bi), Sucroalcooleiro (R$ 12 bi), Minerais Estratégicos (R$ 5 bi) e outras energias (R$ 3,9 bi), que contribuíram significativamente para a geração de empregos em 2023.

Investimentos em sustentabilidade e tecnologia

O Estado também atraiu investimentos ligados à economia verde, como energia solar, biocombustíveis, mobilidade elétrica, entre outros. Os projetos prometem ajudar Minas Gerais a cumprir o compromisso da campanha Race to Zero, assinado por Zema, em 2021, de neutralizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Minas foi o primeiro estado da América Latina e do Caribe a firmar esse compromisso com a campanha.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, destaca que o Estado não é apenas o lugar das oportunidades de negócios, mas também da economia verde, onde as empresas estão, cada vez mais, investindo em soluções para o combate às mudanças climáticas e para a descarbonização.

“Praticamente todo projeto atraído pelo Governo de Minas ou tem relação direta com a sustentabilidade, como energia limpa, biocombustíveis, tratamento de resíduos, ou tem algum aspecto voltado para a pauta ESG. E é isto que buscamos para Minas Gerais: ser um estado que cresce e gera empregos permanentes com responsabilidade socioambiental”, afirma.

O governo estadual também viabilizou a parceria entre a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) e a multinacional japonesa Toshiba voltada para a produção de uma nova geração de baterias, utilizando lítio e nióbio. O projeto tem potencial para revolucionar o mercado global de veículos elétricos.

O lítio, abundante no Norte de Minas e no Vale do Jequitinhonha, se junta ao nióbio, com 80% da produção mundial concentrada em Minas Gerais, para criar baterias com maior durabilidade, com carregamento ultrarrápido e recarga total em menos de dez minutos. Uma revolução que promete tornar os veículos elétricos ainda mais acessíveis e eficientes.

Para colocar esse plano em prática, a CBMM investiu R$ 306 milhões na ampliação da capacidade produtiva de óxidos de nióbio, incluindo a construção de uma nova planta em Araxá, no Alto Paranaíba, com capacidade produtiva de 3 mil toneladas anuais.

O head de baterias da CBMM, Rogério Ribas, revela que a planta deve ser inaugurada neste ano e irá possibilitar a geração de empregos qualificados para Araxá e região, fomentando o desenvolvimento econômico e social em Minas Gerais. “O material produzido em Araxá será aplicado em células de baterias de lítio a serem fabricadas pela Toshiba promovendo benefícios como segurança, carregamento ultrarrápido e maior vida útil, requisitos técnicos obrigatórios para eletrificação de ônibus elétricos, trens, navios, sistemas de estocagem de energia bem como outras aplicações industriais”, relata.

Ele ainda destaca que essas baterias serão testadas pela primeira vez em um modelo de ônibus elétrico que está sendo construído pela Volkswagen e entrarão em produção na planta industrial de Araxá ainda no início de 2024. (Com informações da Agência Minas)

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