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Mineiro de Matipó é condenado a internação na Holanda

Begoleã Mendes Fernandes, 26 anos, de Matipó, foi condenado pela Justiça holandesa a internação compulsória para tratamento psiquiátrico e a pagamento de indenização à família de Alan Lopes, de 21, assassinado em fevereiro de 2023.
O Ministério Público holandês pediu à Justiça a internação compulsória de Begoleã, após a perícia concluir que ele desenvolveu um delírio paranoico em relação à vítima – o mineiro se convenceu equivocadamente de que Alan era canibal e de que pretendia matá-lo e depois comê-lo. O medo e o delírio teriam motivado o homicídio.
Segundo o Poder Judiciário daquele país, Begoleã é esquizofrênico. O veredito foi proferido nesta quinta-feira (8).
Kickboxer
Nos autos judiciais consta que Begoleã cresceu no Brasil e foi para Holanda no início de 2020. Ele queria começar uma carreira como kickboxer e encontrou uma academia em Amsterdã, onde treinava de quatro a cinco dias por semana.
Ainda segundo o documento, o condenado tinha vários empregos, mas ganhava pouco e tinha dificuldade em encontrar um lugar para dormir. Alan e a mãe dele ofereceram abrigo por algum tempo.
Havia um grupo de brasileiros em Amsterdã do qual Begoleã e Alan faziam parte. O condenado e a vítima também viveram algum tempo numa casa com outros rapazes, e Begoleã teve dificuldades para pagar as despesas, o que tornou incerta a permanência dele na Holanda.
Então, ele ligava para amigos e conhecidos pedindo abrigo, e Alan o ajudou várias vezes a encontrar um lugar para ficar.
Relembre
Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, foi detido no dia 27 de fevereiro do ano passado em um aeroporto de Lisboa, com carne na mala.

Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Portugal, ele pretendia viajar para Belo Horizonte e apresentou um cartão de identidade italiano, além de portar outros documentos de identificação em nome de terceiros, o que levantou suspeitas.
Duas semanas depois, o mineiro de Matipó, na Zona da Mata, foi extraditado para a Holanda, onde está preso desde 13 de março.
Um jornal português chegou a divulgar que a carne carregada na mala era humana, mas a polícia holandesa confirmou que o produto tinha origem bovina.
Fonte: G1

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