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Operação Tricherie mira grupo que praticava golpe do motoboy – Portal G37

Nesta terça-feira (12/3), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), através do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GCOC), com atuação junto ao Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), deflagrou a operação Tricherie, nas cidades de São Paulo, Guarulhos, Itapevi e Jacareí, todas no estado de São Paulo, e desarticulou uma organização criminosa especializada em crimes de estelionato – na modalidade conhecida como golpes do motoboy – e lavagem de dinheiro.

No golpe do motoboy, a vítima recebe uma ligação de um integrante da organização criminosa que alega ser preposto de uma instituição financeira e, mediante engenharia social, consegue a senha pessoal de cartões bancários e, em seguida, informa que um motoboy buscará os cartões da vítima. Após a entrega dos cartões, os investigados efetuam diversos saques, compras ou transferências para outros integrantes do bando em contas fraudadas, aproveitando falhas de alguns bancos no processo de validação de identidade.

Foram expedidos pela Justiça Criminal de Belo Horizonte 17 mandados de prisão, 13 mandados de busca e apreensão e 18 ordens de sequestro, que totalizaram R$1.349.691 nas contas bancárias, aplicações financeiras, títulos de capitalização, cadernetas de poupança, investimentos, ações e cotas de capital dos investigados.

A organização criminosa atuou em 20 cidades de Minas Gerais, bem como em outros da Federação. Em Minas, foram 68 registros de ocorrência, com valores declarados pelas vítimas em um total superior a meio milhão de reais. Contudo, diante de mais da metade das ocorrências não apresentar o valor perdido pelas vítimas e da identificação de subnotificações, estima-se que o grupo tenha causado um prejuízo ainda maior no estado mineiro.

A operação contou com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de São Paulo (PCESP) e do Gaeco-SP.

O nome da operação designa “trapaça, engano, falcatrua” em francês. Dessa palavra derivou o termo em inglês “trickster”, que é um arquétipo mitológico presente em diversas culturas, como o deus nórdico Loki e o saci-pererê, ambos com aspectos ligados à fraude e ao engodo.

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