Economia

Preços da gasolina e etanol sobem significativamente em Minas

Segundo ANP, combustível comum e o aditivado tiveram aumento entre R$ 0,20 e R$ 0,21; e álcool, R$ 0,19 neste mês

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Especialista diz que reoneração e possível recomposição das margens de lucro nos postos resultaram nas altas em fevereiro | Crédito: Charles Silva Duarte

Os preços da gasolina comum e aditivada e do etanol hidratado subiram significativamente em Minas Gerais em fevereiro, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Para o especialista do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), o mercado internacional, a reoneração dos combustíveis e uma possível recomposição das margens de lucros dos postos de abastecimento são fatores que resultaram nas altas deste mês.

Os preços da gasolina comum e aditivada começaram o mês a, respectivamente, R$ 5,39/l e R$ 5,62/l. No decorrer das semanas, os custos dos dois tipos de combustíveis sofreram aumentos expressivos no Estado de R$ 0, 21 e R$ 0,20, também respectivamente. Assim, atualmente o litro da gasolina comum custa, em média, R$ 5,60, e o da aditivada, R$ 5,82.

Já os preços do etanol hidratado nos postos registraram uma variação positiva de R$ 0,19 em fevereiro. Partiram de R$ 3,35/l para R$ 3,54/l. No dia 1º deste mês, o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aumentou 12,5% sobre os preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, mas não atingiu o etanol.

Essa reoneração, para o diretor técnico do Ineep, Mahatma Ramos, mais a subida do custo do petróleo no mercado internacional ajudam a explicar a alta dos combustíveis. A volatilidade dos preços do combustível fóssil no exterior tem impacto significativo na trajetória dos valores dos seus derivados praticados no Brasil. O País ainda ainda depende de um volume considerável de importações do produto, principalmente no caso da gasolina.

Mesmo assim, Mahatma Ramos explica que esses dois fatores ainda não foram repassados ao consumidor final. “O que a gente observou até agora é que a Petrobras, apesar deste aumento da incidência dos impostos e da elevação nos preços no mercado internacional, com a sua atual política de preços, não reajustou os preços nas refinarias”, disse.

O diretor do Ineep aponta que outra possível causa para o aumento registrado no Estado está nos postos de combustíveis. “Esse reajuste nos preços dos derivados em Minas Gerais deve-se provavelmente à ampliação ou recomposição das margens de lucro dos atores que estão na distribuição ou na revenda. Ou seja, os distribuidores ou postos de gasolina que estão recuperando suas margens em um momento em que há um aumento e uma expectativa de aumento também dos preços desses derivados”, completa.

Os preços do diesel no Estado tiveram ligeira alta em fevereiro. Estavam a R$ 5,69 por litro na primeira semana do mês e chegaram a R$ 5,76 na última medição. Já o diesel S-10 foi vendido, em média, a R$ 5,80 por litro no início do mesmo período, registrou um acréscimo de R$ 0,06 no decorrer das semanas e chegou a R$ 5,86. O gás natural veicular (GNV) foi o combustível com o menor aumento em Minas Gerais: subiu de R$ 4,94/m³ no começo de fevereiro para o atual preço de R$ 4,97/m³.

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