No fim do ano passado, o DIÁRIO DO COMÉRCIO publicou que as operações poderiam ser encerradas
O grupo espanhol de supermercados Dia anunciou nesta quinta-feira (14) que irá fechar 343 lojas e 3 armazéns no Brasil, incluindo todas as unidades em Minas Gerais. A empresa passa a concentrar suas operações na região de São Paulo (SP), onde continuará a operar 244 lojas.
A medida surge após os persistentes resultados negativos registrados no País. Segundo o grupo, Distribuidora Internacional de Alimentos, a intenção agora é focar em seus principais mercados e São Paulo vem se destacando por ser a região com maior rentabilidade, além de concentrar maior número de lojas, o que permite capitalizar a rede logística e reduzir custos.
“Esta decisão faz parte de um plano de ajustamento de lojas no País que visa tentar dar estabilidade à estrutura do Grupo Dia no Brasil para que seja viável após os persistentes resultados negativos”, esclarece.
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Em novembro do ano passado, o DIÁRIO DO COMÉRCIO publicou que as operações poderiam ser encerradas. Em nota, na ocasião, o Grupo Dia não negou a informação e confirmou que estavam avaliando oportunidades estratégicas.
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Naquela época, a rede Dia possuia, em Minas Gerais, 41 unidades, somando lojas próprias e franquias de supermercados. Em relação aos colaboradores, a empresa contava com cerca de 400 pessoas apenas nas lojas próprias.
Empresa analisará alternativas para continuar no País
A decisão do encerramento foi tomada no âmbito da restruturação da sua subsidiária brasileira, que abriu sua primeira loja no País em 2001. Segundo a rede, após esses fechamentos, serão analisadas alternativas estratégicas para a manutenção do que restou dos seus negócios no Brasil.
Dentre os mercados aos quais buscaria destinar mais recursos devido ao seu maior potencial de crescimento e rentabilidade para o grupo, o Dia destacou particularmente a Espanha e a Argentina, em comunicado assinado pelo seu diretor financeiro, Guillaume Marie Didier.
A empresa anunciou em agosto a sua saída de Portugal, onde vendeu os seus quase 500 supermercados para se concentrar nos seus principais mercados, além de destacar a sua aposta em desinvestimentos para reduzir a alavancagem financeira líquida.
Além disso, em fevereiro, a rede de supermercados reduziu seu prejuízo líquido anual para 30 milhões de euros, ante prejuízo de 124 milhões de euros registrado em 2022.