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Saldo das empresas em Minas Gerais é positivo em 2023

O Estado conta com cerca de 2,2 milhões de empreendimentos ativos

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Conforme dados do Mdic, Estado tem cerca de 2,2 milhões de empreendimentos ativos | Crédito Adobe Stock

Minas Gerais contou com 414.129 novos negócios abertos em 2023, segundo dados do painel Mapa de Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Durante o ano passado foram extintas 243.457 empresas, de variados portes. O saldo foi positivo com 170.672 empreendimentos.

Para o especialista em educação financeira no Grupo Suno e colunista do DIÁRIO DO COMÉRCIO, economista Guilherme Almeida, o desempenho verificado em 2023 é positivo, já que as aberturas de empreendimentos superaram os encerramentos das atividades.

“O resultado pode ser uma sinalização da conjuntura econômica, reflexo da flexibilização da política monetária, com a redução da taxa de juros, o que significa mais impulso ao crédito, ao financiamento, o que faz com que as pessoas possam tirar da gaveta o projeto, incentivando o empreendedorismo”, diz.

Conforme dos dados do ministério, o Estado conta com cerca de 2,2 milhões empreendimentos ativos. O tempo médio para abertura de uma empresa é de um dia e 9 horas.

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Do total de empresas abertas em 2023, a maioria foi matrizes, chegando a 403.687 em Minas. O restante, num total de 10.442, eram filiais.

Considerando o total de empresas ativas espalhadas por Minas Gerais (2.236.722), o destaque em volume é do comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com 114.170. Em seguida, está o segmento de cabeleireiros, manicure e pedicure com 97.936 estabelecimentos. As obras de alvenaria ocupam a terceira posição, com 70.665 empresas.  

Em 2022, o número de empresas abertas no Estado chegou a 402.891, enquanto que os encerramentos totalizaram 194.731. Dessa forma, o saldo chegou a 208.160. Naquele ano, as empresas ativas no Estado, de diversos portes e setores, estavam no patamar de 2,2 milhões.

Considerando a abertura, o resultado de 2023 é 2,79% maior que o verificado no exercício anterior. O fechamento foi ainda maior, com alta de 25%, em igual comparação.  O saldo de 2023, embora positivo, é menor que o verificado em 2022. O recuo é de 18,01%.

Análise

Para o especialista, o aumento do fechamento de empresas pode ser fruto do empreendedorismo por necessidade. Ele lembra que em anos anteriores, 2022, 2021, 2020, houve um boom na abertura de empresa, que não era fruto de um cenário econômico promissor.

“Isso aconteceu justamente por conta da pressão no mercado de trabalho. Veio a pandemia, com demissões em massa. Isso gerou a necessidade de buscar renda via empreender, e muitas pessoas acabaram empreendendo sem preparo, e isso resultou em um fechamento, na aceleração do fechamento de empresas no ritmo mais acelerado”, analisa.

Almeida observa que a medida que as pessoas conseguem a recolocação no mercado, em especial, com carteira de trabalho, elas deixam a atividade secundária como microempreendedor individual (MEI).

Para 2024, o economista aposta que a conjuntura tende a beneficiar mais o cenário para o empreendedorismo, tanto em termos conjunturais como em ambientes de negócios. “Com a redução das taxas de juros, que tende a viabilizar mais crédito, mais financiamento, os negócios ganham impulso”, observa.

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