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Saldo de emprego em novembro é menor em MG, segundo Caged

Superávit é de 808 postos contra 4.642 em outubro

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Resultado positivo em novembro no Estado foi por conta dos setores de comércio e serviços | Crédito: Gil Leonardi/Imprensa MG

Minas Gerais criou em novembro 808 postos de trabalho formais e manteve, pelo décimo mês consecutivo, um saldo positivo de empregos. O superávit do período foi decorrente de 199.066 admissões e 198.258 demissões. Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), foram divulgados nesta quinta-feira (28).

Apesar do superávit no penúltimo mês de 2023, o resultado foi inferior ao verificado no mês anterior, quando o saldo foi de 4.642 vagas, o que representou um recuo de 82,59%.

O pior resultado de 2023 até o momento foi em janeiro, com saldo negativo de 2.421 postos de trabalho. E o saldo mais expressivo neste ano foi em março, com superávit de 38.590 empregos.

O economista e especialista em educação financeira da Suno e colunista do DIÁRIO DO COMÉRCIO, Guilherme Almeida, observa que o resultado de novembro em Minas Gerais foi fruto do recuo no saldo de três grupamentos de atividade: construção civil (-6.836), agropecuária (-3.710) e indústria (-3.202).

Ele explica que há impacto da sazonalidade no resultado, em especial, na agropecuária, que tem relação com as safras de determinadas culturas. “Há períodos específicos com maior demanda por mão de obra. Em outros, ela é desligada , se não é necessária”, observa.

Almeida ressalta que foram os setores de comércio e serviços, que historicamente têm bom desempenho no fim de ano, justamente por conta das contratações temporárias, os responsáveis por manter o resultado positivo do Estado em novembro.

De acordo com os dados do Caged, o comércio teve um saldo positivo de 7.841 vagas em Minas Gerais, seguido pelo grupamento de serviços, com 6.715 postos de trabalho no penúltimo mês de 2023.

Nos dados com ajuste, o resultado de novembro deste ano foi bem menor que o verificado em novembro de 2022, quando o saldo do Estado foi de 4.279 empregos. O recuo foi de 81,11%.

Além de ser menor que o saldo do mesmo mês do ano passado, o economista observa que o resultado de novembro de 2023 também foi inferior ao de anos anteriores. De acordo com dados do Caged, em novembro de 2021, o saldo do emprego em Minas foi de 24.035. Na ocasião, o terceiro melhor do País, mesma posição em novembro de 2020 – primeiro ano da pandemia -, quando o superávit foi de 32.894 postos de trabalho.

Em todo o País, foram gerados 130.097 postos de trabalho com carteira assinada em novembro, resultante de 1.866.752 admissões e 1.736.655 desligamentos no mês, com a maioria dos empregos formais criados nos setores de serviços (92.620) e comércio (88.706).

Entre os estados com maior saldo em novembro deste ano estão São Paulo, com geração de 47.273 postos, seguido pelo Rio de Janeiro, com 23.514 empregos, e Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 11.799 vagas.

Minas tem segundo maior saldo do Brasil

Diferente do resultado do mês de novembro, no acumulado do ano, Minas se destaca no País com o segundo maior saldo de emprego, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O superávit foi de 187.866 vagas, fruto de admissões 2.423.376 e 2.235.510 desligamentos no Estado. O destaque no ano até novembro em Minas foi do setor de serviços com saldo de 103.386 empregos, seguido pela indústria (27.273) e construção (25.144).

Nesse tipo de análise, os demais grupamentos tiveram saldo positivo, com saldo de 22.764 para o comércio e de 9.300 para a agropecuária.

São Paulo ocupou a primeira posição entre os estados, no período de janeiro a novembro, com superávit de 551.172 postos de trabalho no período. A terceira posição foi do Rio de Janeiro, com saldo de 165.701 empregos.

Embora o dado do Estado nos 11 meses de 2023 seja positivo, o desempenho foi inferior ao resultado de igual intervalo de 2022, quando o saldo chegou a 223.982 (dado com ajuste). Nesse tipo de análise, o recuo ficou na casa dos 16%.

No Brasil, no acumulado de janeiro a novembro, foram gerados 1.914.467 postos de trabalho, ficando o resultado positivo nos cinco grandes grupamentos econômicos e nas 27 unidades da Federação.

O economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos Silva, diz acreditar em um cenário favorável para a geração de vagas no próximo ano no Estado. “Imaginamos um bom desempenho em 2024, embora haja uma sazonalidade negativa no início do ano, com algumas demissões devido ao fechamento dos postos temporários”, diz.

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