Com crescimento mais tímido que a média nacional, o setor de serviços em Minas Gerais apresentou, no primeiro mês de 2024, um avanço de 0,1% frente a dezembro de 2023, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O destaque no Estado foi para os serviços de informação e comunicação, que registrou alta de 17,8%. Enquanto isso, no Brasil, o crescimento registrado do setor foi de 0,7% no mesmo período.
Os resultados do IBGE por atividades em Minas Gerais na comparação com o mesmo mês do ano anterior apontam variações positivas do volume de serviços em 3 das 5 atividades investigadas: destaque para serviços de informação e comunicação (17,8%) e serviços prestados às famílias (3,8%). Outros serviços (-10%) foi o maior recuo, mantendo a tendência de baixa apresentada durante o ano. No total, considerando todas as atividades, o avanço foi de 5,4%.
Em comparação com o desempenho na indústria e comércio, o setor de serviços teve um descolamento durante boa parte do ano de 2022 e 2023. Nos últimos seis meses, entretanto, o setor apresentou uma desaceleração e, no momento, já se encontra no mesmo patamar dos demais setores.
“O setor de serviços veio se encontrando e voltando a registrar uma forte recuperação por se ajustar mais rapidamente às mudanças do mercado. É um segmento bem heterogêneo e podemos dizer que o home-office ajudou bastante a impulsionar o setor de serviços desde a pandemia”, avaliou o analista do IBGE, Daniel Dutra.
Após queda acentuada em dezembro, de acordo com o IBGE, o setor de serviços voltou a crescer timidamente em Minas Gerais, em alguma medida influenciado pela fraca base de comparação.
“Nós temos uma sazonalidade natural no começo do ano para as atividades de comércio e serviços, com o fim daqueles contratos temporários de trabalho, daquela sazonalidade mais intensa do final de ano. Então, é natural observar um resultado mais fraco no início do ano”, explicou o economista-chefe do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Izak Carlos.
Taxas positivas
Na comparação com dezembro de 2023, 16 das 27 Unidades Federativas apresentaram expansão. Destaque para a maior contribuição positiva, vinda do Rio de Janeiro, com alta de 5,3%, seguida por São Paulo (+0,8%), AM (+10,9%) e DF (+0,8%). Em contrapartida, MT (-3,3%), BA (-1,6%), MS (-2,4%) e PA (-2,1%) assinalaram os recuos mais expressivos.
Na comparação com igual mês do ano anterior, 26 dos 27 estados apresentaram taxas positivas, com destaque para SP (+3,3%), seguido por RJ (+5,0%), PR (+10,7%), MG (+5,4%) e SC (+10,2%), que assinalaram os principais resultados positivos do mês. Em sentido oposto, RN (- 3,6%) apontou a única retração.
“Quando olhamos para as demais regiões do País, observamos que quem cresceu mais foram as regiões que têm um polo turístico mais forte, como Rio de Janeiro, Bahia, que acabam atraindo mais turistas, gerando um desempenho melhor e puxando o resultado nacional para cima”, ponderou o economista.