Economia

Vale conclui descaracterização de barragem a montante em Itabira

Mineradora atingiu a conclusão de mais de 40% das 30 estruturas previstas para serem eliminadas no Programa de Descaracterização

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Dique 2 do Sistema Pontal é a 13ª barragem a montante descaracterizada pela Vale desde 2019 | Crédito: Vale/Divulgação

O mês de outubro marca a conclusão das obras de descaracterização de mais uma barragem da Vale construída pelo método a montante. Localizado na Mina Cauê, em Itabira, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o Dique 2 do Sistema Pontal é a 13ª estrutura deste tipo eliminada pela mineradora no Brasil, desde 2019.

Com isso, a empresa atinge a eliminação de mais de 40% das 30 estruturas previstas no Programa de Descaracterização, por terem sido construídas pelo mesmo método da barragem de Brumadinho, também na RMBH.

A Vale informou que a barragem a montante na Mina Cauê já não recebia rejeitos desde 2019 e as obras de descaracterização geraram cerca de 200 empregos, diretos e indiretos, com prioridade para contratação de mão de obra local.

Parte de uma significativa transformação na gestão de estruturas de disposição de rejeitos, a eliminação das barragens a montante é uma das principais ações da Vale para evitar que rompimentos, como o de Brumadinho, voltem a acontecer. Por serem obras complexas e que trazem riscos, as soluções são customizadas para cada estrutura. Segundo a mineradora, o processo é realizado de forma cautelosa, tendo como prioridade a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente.

O Programa de Descaracterização da Vale recebeu investimentos de cerca de R$ 6,2 bilhões desde 2019. De acordo com a empresa, somente no ano passado, cinco estruturas foram completamente descaracterizadas. Das 13 barragens a montante já eliminadas, dez ficavam em Minas Gerais (barragem 8B, Dique Rio do Peixe, barragem Fernandinho, Diques 2, 3, 4 e 5 da barragem Pontal, Dique Auxiliar da barragem 5 e as barragens Ipoema e Baixo João Pereira) e três no Pará (Diques 2 e 3 Kalunga e barragem Pondes de Rejeitos).

A mineradora informou ainda que todas as barragens a montante da empresa no Brasil e as ações implementadas nas estruturas são acompanhadas e avaliadas por equipes técnicas independentes, que fazem parte de um Termo de Compromisso firmado com os Ministérios Públicos Estadual e Federal e com o Estado de Minas Gerais, representado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD).

Do total de dez barragens incluídas no Programa de Descaracterização, o Dique 2 é a sexta estrutura a montante eliminada em Itabira, segundo a Vale. Em setembro de 2022, foram eliminadas a barragem Ipoema, na Mina do Meio, e o Dique 3, também do Sistema Pontal. Anteriormente, foram descaracterizados os Diques 4 e 5 do Sistema Pontal e o Dique Rio do Peixe.

Além disso, para aumentar a segurança e reduzir impactos em caso de emergência, foi construída preventivamente uma Estrutura de Contenção a Jusante (ECJ) para a realização das obras de eliminação dos diques Minervino e Cordão Nova Vista, da barragem do Pontal. Para sua construção foi utilizada tecnologia de tubos metálicos por um método que reduz a vibração, geração de poeira e ruído.

De acordo com a empresa, a ECJ Coqueirinho, assim como as demais construídas pela Vale, observa a normativa da Agência Nacional de Mineração (ANM), no que se refere à adoção de medidas para aumentar a segurança durante a fase de obras de descaracterização. As estruturas de disposição de rejeitos da empresa no município são acompanhadas permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG).

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