O Caso da Menina de Frutal

O Caso da Menina de Frutal

Justiça Desclassifica Crimes de Suspeitos da Morte de Criança em Ritual
A Justiça de Frutal tomou a decisão de desclassificar os crimes de cinco dos seis suspeitos relacionados à trágica morte da pequena Maria Fernanda Camargo, de apenas 5 anos, durante um ritual religioso realizado na cidade no ano passado. Uma pessoa foi absolvida. Ainda é possível recorrer dessa decisão.

O processo está em andamento na 2ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Frutal, sob a presidência do juiz Thales Cazonato Corrêa. A criança faleceu no dia 23 de março de 2022, após sofrer queimaduras.

Decisão da Justiça

Na decisão publicada na quinta-feira (5), o juiz Thales Cazonato manteve a acusação de fraude processual, porém desclassificou o crime de homicídio doloso com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de matar). Além disso, ele absolveu sumariamente a tia da criança, Edivaine Maria de Camargos.

Com essa desclassificação, a mãe da menina, Edilaine Lúcia de Camargos, os avós Alcimiro Lúcio de Camargos e Luzenilda Santana de Camargos, o guia espiritual Bruno Santos Fernandes e seu assistente Kaio Victor Gonçalves de Oliveira serão julgados pelo juiz singular do caso, ou seja, pelo próprio Thales Cazonato.

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) tem a opção de recorrer dessa decisão. Se o recurso for aceito, o Júri Popular julgará os suspeitos. Atualmente, os acusados aguardam o julgamento em liberdade.

Os Detalhes do Caso

Inicialmente, a família de Maria Fernanda alegou que o incidente foi um acidente doméstico envolvendo álcool e churrasqueira. No entanto, as investigações apontaram a participação da criança em um ritual espiritual.

No momento do crime, foram presos a mãe, a tia, o avô, a avó e o líder religioso Bruno, junto com seu auxiliar Kaio. Durante o ritual, a menina sofreu queimaduras em grande parte do corpo e, apesar de ter sido socorrida e levada ao hospital, não resistiu.

Em maio de 2022, todos os envolvidos participaram da reconstituição da morte da criança, com o objetivo de reproduzir as versões dos suspeitos e das testemunhas. No mesmo mês, a Polícia Civil indiciou todos os envolvidos por homicídio doloso com dolo eventual, mas esse crime foi desclassificado pela Justiça.

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