Economia

AngloGold apresenta veículo 100% elétrico no subsolo

Mineradora deve investir cerca de R$ 13 milhões no projeto de substituição da frota movida a diesel

img

Esse é o primeiro modelo totalmente elétrico no Brasil | Crédito: Leonardo Leão/ Diário do Comércio

A empresa do setor mineral AngloGold Ashanti inicia, neste mês, os trabalhos com a primeira carregadeira 100% elétrica a operar em uma mina subterrânea no Brasil. A mineradora ainda deve investir cerca de R$ 13 milhões no projeto de substituição da frota movida a diesel, incluindo o aluguel de equipamentos e adequações na infraestrutura.

O evento de lançamento do veículo aconteceu na manhã desta terça-feira (5) na mina Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). O encontro também marcou a chegada da mina aos 1.600 metros de profundidade, a mais profunda do País.

A carregadeira fabricada pela multinacional Epiroc, modelo ST14, contribuirá para a redução de 9.120 litros de óleo diesel pela mineradora por mês. A AngloGold espera substituir três modelos a diesel por veículos elétricos até 2025. O processo de troca da frota deste tipo de veículo na mina Cuiabá deve ser concluído até o final de 2027.


PARTICIPE DO NOSSO CANAL NO WHATSAPP

O diretor das Operações Cuiabá da AngloGold Ashanti, Luis Otávio Lima, revela que a carregadeira elétrica já entrará em operação nesta quinta-feira (6), em fase de testes, que durará cerca de 18 meses. “O equipamento desce hoje e já começa a operação amanhã. O local já está definido e ele já começará a operar”, relata. Após esse período, está previsto o início da implementação do sistema de operações remotas.

A mineradora vai investir aproximadamente R$ 11 milhões na locação do equipamento e mais R$ 2,7 milhões em infraestrutura. Lima ressalta que, apesar de ser uma novidade no Brasil, a metodologia já está consolidada no restante do mundo. “Esse tipo equipamento já opera no Canadá, no Chile, na Austrália. Trouxemos uma tecnologia pronta para mineração underground, um equipamento apto para operar em minas subterrâneas”, completa.

Crédito: Leonardo Leão/ Diário do Comércio

Já o vice-presidente de sustentabilidade e assuntos corporativos da AngloGold Ashanti, Othon de Villefort Maia, destaca que o projeto está ligado à meta da empresa de zerar as emissões de carbono (CO²) até 2050. “Um equipamento como este é capaz reduzir em 285 toneladas de CO² no percurso de um ano. Em 2022, já cumprimos parte da nossa primeira meta, que era a redução de aproximadamente 30%”, pontua.

De acordo com a companhia, o novo equipamento possui sistemas com taxas mínimas de emissão de calor e ruídos, além de zero emissão de carbono. Também oferece um acréscimo potencial de 8% em produtividade de carregamento, devido ao ganho em velocidade e deslocamento gerado pelo torque instantâneo, além de ganho em segurança e prevenção de acidentes.

Por fim, Maia ressalta a importância da Mina Cuiabá para a companhia, como um ambiente utilizado nos testes de inúmeras tecnologias empregadas pela AngloGold. “Um exemplo é o mecanismo chamado people tracking, em que todas as pessoas são identificadas por meio de um chip no subsolo, oferecendo controle em tempo real de todos os operários que se encontram no subsolo da mina”, destaca.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Botão Voltar ao Topo